segunda-feira, 7 de junho de 2021

O que é isto?

 Comecei a fazer prospecção arqueológica, lá nos meados dos anos 80.

Ganhei-lhe o gosto e, dizem, o jeito.

Durante cerca de 20 anos, tentei ajudar os meus alunos da licenciatura em Arqueologia da UL, a dar os primeiros passos na aventura da prospecção.

Muitos, ganharam-lhe o gosto.  Alguns tornaram-se grandes prospectores.

Para quem gosta de ir para o campo e sobretudo para quem também se interessa por arqueologia, as páginas que se seguem pretendem reunir memórias, algumas eventualmente úteis para os praticantes desta arte, outras mais focadas na própria experiência, mais intimistas no sentido em que valorizam o lado emocional da arqueologia.


Nasci e cresci no campo. Na infância, frequentei escolas rurais a quilómetros de distância do Monte onde morava. E gostei dessas caminhadas sozinho pelas veredas.

Fui aprendendo (e continuo a aprender) a ler as marcas do tempo nas paisagens. Paisagens são palimpsestos. E o Alentejo é antigo.